"A absorção do vapor de mercúrio metálico dá-se principalmente por via pulmonar, através da inalação. A percentagem de retenção nos pulmões varia de 74 a 76%6 a uma concentração ambiental de 100 mg/m3.
Dos pulmões o mercúrio é levado pelo sangue e se distribui no organismo, acumulando-se nos rins, sistema nervoso central, fígado, medula óssea, vias aéreas superiores, parede intestinal, pele, glândulas salivares, coração, músculos e placenta5,7,15.
Os efeitos do mercúrio no organismo manifestam-se sob a forma de um quadro agudo, quando inalado em grande quantidade, no qual podem ocorrer lesões pulmonares, renais, do sistema nervoso central, podendo ocasionar inclusive a morte5.
A intoxicação crônica afeta basicamente o aparelho gastrointestinal, sistema nervoso e psíquico, cujas alterações variam de quadros leves a muito graves11,15.
O quadro gastrointestinal manifesta-se por lesões orais, de estômago, intestino e fígado. A gengivite é o distúrbio mais comumente encontrado. Também ocorrem queixas de desagradável gosto amargo ou metálico na boca, sialorréia, ulcerações orais e amolecimento de dentes. Faringite inespecífica é comum. Outra manifestação encontrada é a gastrite e gastroduodenite3.
O quadro neurológico pode manifestar-se por tremores, alterações de sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, alteração de reflexos, coordenação motora e até parkinsonismo3,15.
O quadro psíquico constitui-se em constelação de alterações de personalidade que Foá e Caimi4 denominam de eretismo psíquico, referindo que os sinais típicos e precoces da intoxicação crônica por mercúrio são a irritabilidade, alteração da sociabilidade, insônia, estado de ansiedade, timidez, labilidade emocional e, nos casos mais graves, ocorre a diminuição da atenção, memória, até um processo de despersonalização geral.
Angotzi e col.2 encontraram diferenças significativas entre o grupo experimental (exposto) e o grupo contole, em relação à força do ego, mecanismos esquizóides, nível de controle racional, de ansiedade e de tensão nervosa, justamente os fatores que mostram o equilíbrio sócio-emotivo do indivíduo.
Vroom e Greer13 encontraram, em seu estudo com pacientes expostos a mercúrio metálico, dados sobre ansiedade, depressão, em todos os casos, além de insônia, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração, insegurança, diminuição das habilidades sociais." (ZAVARIZ, 1992)
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Interessante, fiquei na dúvida por ter realizado um curso pelo Toxcen em que foi dito que este tipo de mercúrio não é tóxico. Tentarei retransmitir a mensagem. Obrigada.
ResponderExcluirHum, já estou com saudades do curso...